quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tropicália: a vanguarda colorida

O Movimento Tropicalista ou Tropicália, liderado por Caetano Veloso, surgiu em São Paulo na década de 60 e reuniu jovens em torno da música, do teatro e do cinema. No momento em que o país passava por transformações econômicas e políticas, entre o governo de Juscelino Kubitschek (1955) e o golpe militar (1964), a Tropicália incorporou aspectos de uma cultura jovem estrangeira, que nos apresentou a guitarra elétrica e a batida pesada do rock. O som logo se tornou o oposto daquele acústico da Bossa Nova e ganhou espaço no cenário nacional, aberto para as novas linguagens livres, coloridas e irreverentes. 

"O tropicalismo propunha-se a representar, em face da linguagem 'universal' do rock, o mesmo que a Bossa Nova representara em face da linguagem 'universal' do jazz". A frase, dita por Tinhorão (1998, p.323), reflete o caráter eletroeletrônico que despontava na época e que tinha influências de outras vertentes da música brasileira como o brega-popularesco; do cinema de Glauber Rocha; do projeto neo-concretista de Hélio Oiticica, de onde veio o nome Tropicália; da antropofagia literária de Oswald de Andrade; e da poesia concreta dos irmãosCampos, Augusto e Haroldo. 

Devido às repressões do governo militar, os tropicalistas se uniram aos representantes da MPB. Assim, os gritos poéticos de liberdade puderam ecoar mais alto e abrir caminho para uma nova cultura nacional. Aquela em que os jovens, artistas e militantes iam às ruas e levantavam a bandeira de suas causas. 

segunda-feira, 25 de abril de 2011